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sexta-feira, 25 de março de 2011

O GRANDE SÁBIO ELIPHAS LEVI FALA SOBRE A NATUREZA






O Livro dos Sábios
por Eliphas Levi

A NATUREZA
As obras de Eliphas Levi causaram, não somente um movimento de interesse nos estudos da verdade esotérica, se não que, até os Rosa-cruzes da Inglaterra, aos quais Eliphas Levi estava afiliado, "protestaram", por achar que ele havia sido demasiado claro nas suas revelações. O que o público não soube então e que, ainda hoje, poucos sabem, é que Eliphas Levi iniciava assim a acção que, alguns lustros depois, Papus comentaria com as seguintes palavras:

"Sempre pode-se dizer tudo, porque somente compreenderá quem deve compreender". O "Livro dos Sábios", verdadeira Síntese de toda a realização de Eliphas Levi, é precisamente isso:

"Um Verbo Humano claro, preciso como um teorema, honesto como uma lei natural Em acção, belo como uma elegia espontânea, vibrante como um hino de amor ao Criador e as suas múltiplas manifestações. Um Verbo Humano que chega a unir-se em tal forma ao Verbo Manifesto que reflecte a sua Verdade, com Sua modéstia e Sua beleza."


A NATUREZA

01 - O infinito incriado e o finito infinitamente criado são como linhas paralelas que se aproximam eternamente sem nunca se juntar. Eliphas Levi

02 - Todo o ser imperfeito morre por sua imperfeição, por que esta imperfeição atesta a necessidade imperiosa e fatal de uma perfeição maior. Eliphas Levi

03 - Quando os poderes devem cair, os governantes são atacados por incapacidade e demência. Rejeitam os homens de talento e não escutam senão os maus conselhos. Eliphas Levi

04 - A Morte não aniquila senão o imperfeito; é como um banho de fogo que faz renascer o metal puro… É por isso que o Salvador do Mundo dá o nome de Fogo Eterno aqueles Limbos da Vida, onde a imperfeição necessita sempre da Morte. Eliphas Levi

05 - O finito desprende-se do infinito como por amputação. Os limites do finito são como uma ferida que a natureza se apressa a cicatrizar. Assim, formam-se as escamas que são a substância material dos mundos. Formam-se também escamas sobre as crenças finitas... São os dogmas materializados e as superstições que querem imobilizar-se. Eliphas Levi

06 - Desde há cento e cinquenta mil anos ou mais, que se sucedem raças humanas sobre a terra. Essas raças diferiram essencialmente umas das outras e pereceram pelas suas imperfeições. Eliphas Levi

07 - Estas raças não puderam ter mais que uma responsabilidade relativa a seu desenvolvimento. Quando a natureza faz pobres, encarrega-se de pagar por eles. É por isso que se diz que Deus devia sofrer a morte para expiar as faltas dos homens; maneira de falar paradoxal que revela uma intuição ousada dos segredos da justiça eterna. Eliphas Levi

08 - A raça actual perecerá como as outras e dá sinais de decrepitude. Os homens que virão depois de nós serão superiores, como nós somos superiores ao orangotango e ao gorila. Eliphas Levi

09 - A natureza é lenta em operar as transformações que substituem as velhas raças pelas novas. Os povos nascem, crescem e envelhecem. A decadência de Roma assemelha-se à nossa, porém a raça humana não mudou. A maioria dos homens carece de lógica e de justiça. E, entretanto, ainda queremos o governo das maiorias. Eliphas Levi

10 - A natureza é aristocrática e monárquica. Os universos não tem mais que um sol, o homem não tem mais que uma cabeça e o leão é sempre o rei do deserto. A verdade, a razão, a justiça, a lei, são rigorosamente da inteligência do homem. Onde não reinam nem a verdade, nem a razão, nem a justiça, nem a lei; é a força fatal que decide; porém, sempre seguindo a lei de um equilíbrio providencial. Eliphas Levi

11 - As forças fatais da natureza podem tornar-se auxiliares das raças humanas para a sua extinção. Eliphas Levi

12 - O homem não pode nada quando está só. As grandes forças inteiras, devem ser monárquicas, ou seja, dominadas por um homem de génio, é uma cabeça sem corpo. Uma multidão não dirigida por uma autoridade infalível e única, é um corpo sem cabeça. Eliphas Levi

13 - É a confiança dos discípulos que faz a autoridade do Mestre. Se um discípulo duvida da infalibilidade do Mestre não deve ir mais a escola. É a confiança cega dos soldados que faz a força do general. Um soldado que crê que seu general erra, está na véspera de desertar. Os soldados obedientes são a força dos exércitos… Para ser Mestre há que saber fazer-se obedecer. E, para isto, há que magnetizar as multidões. Eliphas Levi

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