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sábado, 12 de fevereiro de 2011

OS UPANISHADES – SABEDORIA HINDU




OS UPANISHADES – SABEDORIA HINDU


A palavra Upanishad, do sânscrito UPA-NI-SHAD significa a lição sentada aos pés do Mestre. O Sermão da Montanha onde Jesus fala aos seus discípulos sentados aos pés do Mestre pode ser considerado um Upanishad.

O Sol é vida e a Lua é matéria. Tudo aquilo que tem forma, sólida ou subtil, é matéria: por conseguinte, forma a matéria. O dia e a noite são o Senhor da Criação. O dia é a vida e a noite a matéria. O alimento, na verdade, é o Senhor da Criação. Do alimento nasce a semente e desta nascem seres.

O sábio que buscava a imortalidade olhou para o seu interior e encontrou a sua Alma. O sábio que encontrou a imortalidade não procurou o eterno nas coisas que passam.

Todo aquele que não vê o Único mas vê os muitos, esse vagueia de morte em morte. Quem vê variedade e não a Unidade vagueia de morte em morte.

A alma habita dentro de nós, uma chama do tamanho de um polegar. A respiração da vida é a inspiração e a expiração.

Há um Espírito que permanece acordado durante o nosso sono e que cria a magia dos sonhos. O Espírito da Unidade é o Espírito da Luz.

Como o fogo embora um, toma nova forma em todas as coisas que ardem, assim também o Espírito, embora um, toma nova forma em todas as coisas que vivem.

Como o Sol que observa a Terra não é tocado pelas impurezas terrestres, assim também o Espírito que habita em todas as coisas não é tocado pelos sofrimentos externos. Há um só Soberano o Espírito que habita em todas as coisas, que transforma a sua forma em muitas outras formas.

A consciência pura entre os seres conscientes, o único que torna realidade as preces de muitos. Só os sábios que o vêem na sua alma obtêm a paz eterna.

A Árvore da Eternidade tem as raízes no alto do céu e os seus ramos descem até à Terra. É Brahman o Espírito puro que na verdade é chamado Imortal. Todos os mundos se apoiam nesse Espírito.

Todo aquele que vê nesta vida antes do corpo perecer, fica livre da escravidão, caso contrário o homem nasce e morre novamente em novos mundos e novas criações.

Na terra das sombras é como uma lembrança de sonhos, e no mundo dos espíritos é como reflexos em águas não tranquilas.

Mil e um subtis caminhos vêem do coração, um sobe até ao topo da cabeça. É esse o caminho que conduz à imortalidade, os outros conduzem a diferentes fins.

Retirado dos Upanishades por Rui Pais

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