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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A HIERARQUIA ESPIRITUAL PARTE II - PREPARAÇÃO P/ NOVA ERA




A HIERARQUIA  ESPIRITUAL PARTE II 
PREPARAÇÃO PARA A NOVA ERA


O filme “Horizonte Perdido” refere-se a Shangri-lá (Shambala) sendo uma alusão a este lugar de ouro onde há paz, abundância e uma vida prolongada. Shambala aparece no Ocidente como a terra mítica de Shangri-lá.

A Shambala terrestre está ligada à Shambala celestial pois um elo une estes dois mundos. “Como um diamante cintila a Torre de Shambala. E como um espelho mágico ele vê todos os acontecimentos da Terra. A distância não existe e sua luz poderosa pode destruir as trevas”... mas respeita o livre arbítrio. Sua actividade ocorre em toda parte. O Cristo clamou pela Vontade de Shambala quando disse: Seja feita a Tua Vontade aqui na Terra como no Céu.

Muitos grandes seres de origem planetária e solar e por vezes de origem cósmica deram a sua ajuda e residiram em nosso planeta. Somos como uma grande família planetária, solar e cósmica. Esses grandes seres vieram trazer sua profunda sabedoria e inteligência para a Terra. Quando se foram seus lugares foram ocupados por certos membros da Hierarquia Planetária.

Por sua vez, adeptos tiveram os seus lugares ocupados por iniciados e estes, por discípulos de modo que tem havido sempre circulação de vida e sangue novos e o ingresso daqueles que pertencem a uma época particular.

Entre estes podemos citar Sankaracharya, Vyasa, Maomé, Jesus de Nazaré, Krishna e outros de iniciação menor como Paulo de Tarso, Lutero, etc. Eles tiveram por objectivo provocar condições que favorecem a evolução.

A maior parte da Hierarquia está espalhada por todo o mundo, vivendo de forma desconhecida mas formando cada um, em seu próprio lugar, um ponto focal de energia do Senhor do Mundo e tornando-se, em seu próprio ambiente, um distribuidor do amor e sabedoria da Divindade.

Como já foi dito no cume dos trabalhos planetários dirigindo toda a evolução da Terra está o REI, Sanat Kumara, o Senhor do Mundo, o Ancião dos Dias, a Juventude de Verões Eternos e a Fonte da Vontade do Logos Planetário.

Cooperando com ele estão os seis Kumaras, três esotéricos e três exotéricos. Além dessas entidades principais, presidindo a Câmara do Conselho de Shambala há um grupo de quatro seres representando no Planeta os Senhores do Carma. Eles tratam do destino humano, dos registros akashicos e participam em Conselhos Solares. Eles são o mediadores planetários entre o que acontece em nosso Logos Planetário e o esquema maior.


2.1- Os Três Grandes Departamentos 

Abaixo de Sanat Kumara temos os três Chefes de Departamento:

O Manu – O ponto focal do 1º Raio da Vontade ou Poder

O Bodhisattva, O Cristo – Cabeça da Hierarquia e representante do 2º Raio de Amor-Sabedoria

Mahachohan – O Senhor da Civilização expressando o 3º Raio da Inteligência Activa

Estes três Senhores representam a triplicidade de toda manifestação e cada um de nós está ligado a um Deles.

Cada um destes chefes de Departamento dirige um número de cargos subsidiários e o Departamento do Mahachohan possui cinco divisões abrangendo quatro aspectos inferiores do governo Hierárquico. Suas divisões seguem as dos quatro Raios de Atributo:

Harmonia e Beleza
Ciência Concreta ou Conhecimento
Devoção ou Idealismo
Ordem Cerimonial ou Magia

Os Mestres de Sabedoria pertencem, chefiam e trabalham em um destes departamentos mas realizam trabalho cooperativo e integrado. Os nomes conhecidos do público são poucos e assim o fizeram nos últimos cem anos como um auto-sacrifício.

Os Mestres têm seus discípulos e seguidores por toda parte com o único objectivo de disseminar a verdade por meio de várias igrejas, ciências e filosofias.

As várias escolas de pensamento são fundadas por discípulos a quem cabe a responsabilidade (e não ao Mestre) do carma gerado pelo grupo.

Esses discípulos lançam o esquema, fundam a organização e escolhem os cooperadores que devem passar o ensinamento de forma adequada. Se o trabalho prosseguir como o desejado, o Mestre continuará a derramar suas bênçãos, se falhar, retira sua benção e o trabalho desaparece.


3 - O Serviço da Hierarquia Espiritual e nossa responsabilidade perante Ela

Tibetano, numa grande síntese, diz que o trabalho actual dos Mestres consiste em treinar alunos para o Reaparecimento do Cristo e a Exteriorização da Hierarquia.

Todos os Mestres nos dizem que a vinda do Cristo depende de nosso trabalho e todos podem fazer alguma coisa. Creio que todos nós aqui presentes pertencemos ao Novo Grupo de Servidores do Mundo que é o agente do Cristo. Toda a pessoa espiritualizada pode e deve trabalhar onde se encontra, entre as pessoas com as quais está associado e com o equipamento psicológico e físico que possui para ajudar nesse trabalho.

O Mestre afirma que a vinda do Cristo está condicionada às correctas relações — a cooperação em lugar da competição. A cooperação é o primeiro passo para a Fraternidade. A Hierarquia coopera connosco.

Morya afirma que “a Hierarquia é cooperação; resulta num circuito contínuo de centelhas de energias, de cima para baixo e de baixo para cima. O dínamo produtor desta corrente flamejante é o coração. Significa que acima de tudo a Hierarquia é o Ensinamento do Coração — a força motriz central.”

O tesouro do coração estabelece concordância com a Consciência Cósmica quando o coração, além de seu próprio ritmo, até o ritmo cósmico percebe. Então ele possui o conhecimento directo. Ele sente e sabe. Sendo uma ligação com o Mundo Superior expressa o indiscutível. Aquilo que o Espaço Cósmico respira, o coração sensível também respira. O coração saturado sente todas as perturbações.

O Cristo penetrava no coração do irmão e conhecia sua necessidade e o curava. Cada vibração ressoa num coração sensível. A imagem do Homem-Deus leva em seu coração o cálice cheio, pronto para voar mas que o leva todo à Terra. Renunciando ao seu destino ele intensifica o seu Ser Ardente — aquela faísca divina que falamos no início deste trabalho.

Shambala é o alimento para aquelas chispas se tornarem uma Chama Ardente. É o Imã Cósmico. Imã é atracção e atracção é amor.

O homem busca a Comunidade de Shambala pela invasão de seu território mas aquele que conhece o caminho da Hierarquia anda pelo caminho do amor, do trabalho e da fé. E onde estiver ali será o seu Shangri-lá.

Morya diz: “andai pelo Caminho do Coração e o Cálice afirmará o caminho. Em algumas figuras antigas vemos o Cristo representado com o dedo indicador apontando para o coração em chamas. Este coração arde de compaixão pela humanidade empobrecida.”

Shambala é a estrela que guia todos os buscadores. Shambala é uma ardente Força Motriz de Vida. O Senhor de Shambala vive a Verdade e afirma a Verdade. O Senhor de Shambala é o ápice da vida e promove a ressurreição do Espírito — a criação do Novo Mundo, da Nova Era. Diante do caos que o mundo atravessa poderá a humanidade emergir num novo patamar de vida mais abundante já visualizado pelo Cristo, conhecedor da constante renovação que permite a harmonização com o Plano Divino.

A harmonia se estabelece pela consonância de corações, quando o coração ardente do homem entra em concordância com Shambala e esta por sua vez vive e respira a Verdade no Coração do Sol. O discípulo que faz essa sintonização em seu coração capta a verdade do ensinamento e traz para o mundo a Boa Nova de um Mestre da Hierarquia com o ensinamento de um dos raios da divindade como o fizeram Alice A. Bailey que trouxe o ensinamento do Mestre Tibetano, de 2º Raio e Helena Roerich que nos legou, o ensinamento do Mestre Morya, de 1º Raio.

Nicholas Roerich diz textualmente em seu livro “Shambala: Em Busca da Nova Era” que o ensinamento de Shambala reside fundamentalmente em não falar de algo distante e secreto. Shambala existe aqui na Terra e tudo pode ser alcançado aqui na Terra. O ensinamento de Shambala é vital. É concebido às encarnações terrestres e pode ser aplicado sob quaisquer condições humanas.”

Como pode alguém afirmar-se na Hierarquia? Morya diz que somente através do coração e empenho infinito em direcção ao serviço. Na verdade, todo aquele que esteja no caminho deve aceitar o serviço do coração. A consonância do coração e a compreensão do poder do serviço devem estar na base de todos os inícios. Quando o Mestre afirma Sobrecarregai-Me, diz não estar fazendo um sacrifício mas somente multiplicando o poder do espírito. 

“A lenda sobre o Gigante Atlas Sustentando a Terra não é uma superstição, mas uma lembrança d’Aquele que assumiu o peso da responsabilidade pela Terra. Assim, em cada acção há alguém que tomou sobre seus ombros a responsabilidade. Um em cooperação com os outros representa o equilíbrio como um pião em movimento. Assim actuam os Amigos da Humanidade, isto é, os Mestres.” Eles, num serviço contínuo, se mantêm alinhados à Shambala Celeste.

Morya diz ainda: “Poderão perguntar-vos como se define a entrada no caminho do serviço? Certamente, o primeiro sinal será uma renúncia do passado e uma aspiração plena para o futuro. O segundo sinal será a conscientização do Mestre no coração, não porque seja necessário assim, mas porque é impossível de outra maneira. O terceiro sinal será a rejeição do medo, porque aquele que for armado pelo Senhor é invulnerável.

O quarto será a não condenação, porque aquele que aspira para o futuro não tem tempo de se ocupar com o refugo de ontem. O quinto será o preenchimento de todo o tempo com trabalho para o futuro. O sexto será alegria do serviço e o sacrifício de todo o seu ser pelo bem do mundo. O sétimo será a aspiração espiritual para os mundos distantes como um caminho predestinado. De acordo com estes sinais vós discernireis um espírito pronto para o Serviço.”

Para maior fixação iremos repetir os sete sinais da entrada no caminho do serviço: renúncia do passado, conscientização do Mestre no coração, rejeição do medo, não condenação, preenchimento do tempo com o trabalho para o futuro, alegria do serviço e aspiração espiritual.

Mestre Morya diz que a declaração “Eu te amo Senhor” é mais forte para nos ligar aos Mestres do que “Ajuda-me Senhor”. O Mestre sabe que é possível ajudar e a ajuda vem com facilidade porque ninguém melhor do que os Mestres para viver o mandamento “Amai-vos uns aos outros”. A generosidade de Seus corações é incomensurável e a avareza é desconhecida para estes Corações Flamejantes.

Diz o Ensinamento que somente por si mesmo pode alguém alcançar a Morada dos Mestres, a Cidade Luminosa de Shambala. Mestre Morya nos ensina no livro Agni Ioga a oração a esta Morada da Luz. Vamos fazê-la em conjunto:

Tu que me chamaste para o Caminho do Trabalho
Aceita minha habilidade e meu desejo
Aceita meu labor, Ó Senhor
Pois Tu me vês de dia e de noite.
Dá-me Tua Mão, Ó Senhor
Pois a escuridão é grande.
Eu sigo a Ti!

Bibliografia:
Bailey, Alice – “Iniciação Humana e Solar”, Fundação Cultural Avatar 
Hierarquia (da série Agni Ioga), Fundação Cultural Avatar 
Anglada, Vicente Beltran – Shamballa, Editora Aquariana

Roerich, Nicholas – “Shamballa: Em Busca da Nova Era”, Editora Nova Era

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