A FRONTEIRA MISTERIOSA
Parto aos poucos como se parte…
Apenas me evado das coisas terrenas.
Abalo duma maneira lenta mas com arte
Como quem vai acertando as suas penas!
Tanto me revejo aqui como mais além…
Deixo-me levar nos corredores do vento.
Não reparo quem vai nem em quem vem
Adormeço e relaxo no meu pensamento!
Estou no limiar duma misteriosa fronteira
Numa transição transcendental implícita…
Sei que a todos toca a travessia derradeira
E o que parte é surpreendido numa visita!
Rui Pais
05/12/2010
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